16.3.08
A Decisão!
15.3.08
“Mochileiro” Que se Preze, Gosta de Se Perder dos Demais…
O Duomo é uma verdadeira obra-prima da arquitectura milanesa. São 92 metros de altura que levaram mais de dois séculos para serem erguidos, a partir de 1386 (sim, o ano é mil TREZENTOS e oitenta e seis). A junção dos estilos gótico, barroco, neoclásssico e neogótico transformam a visita numa aula de arquitectura ao ar livre. A verticalidade do monumento é uma característica marcante deste estilo arquitectónico O telhado é algo inacreditável. Andei por lá a passear, por alguns cantos e recantos apreciando a vista de toda a cidade de Milão, após ter ficado mais de uma hora na fila para entrar!!!
Contudo, Milão é também interessante pelo seu Castelo Sforzesco, um local magnífico para poder dar um passeio ao final da tarde.
Huummm… beber um “macchiato” quentinho foi isso que fiz, conjuntamente com a Cláudia, após termos fingido que nos perdemos do resto do grupo. Somos do pior!!!! Na altura estávamos no “Il Salotto di Milano”, a famosa Galeria Vittorio Emanuelle II, um centro comercial chique, chique, chique. Gente e mais gente. Não sei o que se passava naquele dia, talvez por ser um dia próximo da passagem de ano, a galeria estava nem mais nem menos “à pinha”!!! E nada melhor do que um local assim para ser um perfeito pretexto de quem é desorientado… “Ops… perdemo-nos!”. Apreciar uma tarde sem o resto do maranhal de amigos foi, sem dúvida, fenomenal… (hihihi)
Um fim de almoço surreal, foi o que aconteceu. Após um certo cansaço por termo-nos emaranhado nas malhas da cidade, decidimos almoçar numa pequena e pacata pizzaria italiana. Nem mais! Correu tudo na perfeição. Estava tudo delicioso, o ambiente agradável, o gerente simpático, pessoas interessantes à volta. Pagamos o que tínhamos a pagar, e saímos de lá agradavelmente a rir de satisfação. Eis que se não quando, após já termos calcorreado já 3 quarteirões, a Cláudia sente que perdeu a máquina fotográfica.
- “Deixei-a em cima da mesa do restaurante” – grita.
Sem pensar, digo-lhe para ficar onde está, e vou a correr até ao local do almoço. Entro e olho que está um grupo de jovens irreverentes sentados na nossa mesa. Pergunto se viram alguma máquina fotográfica. Todos dizem que não. Acenam com a cabeça. Já agarrados a algumas entradas faço-os levantar para poder ver debaixo da mesa. De cu para ar dou uma volta à mesa. Sinto um silêncio fulcral e todos a olharem para mim.
- “Coitada da Cláudia” – penso enquanto estou debaixo da mesa, - “perdeu a porcaria da máquina comprada em Andorra”.
Saio lá debaixo das mesas, arranjo o cabelo e a roupa, sorrio-lhes amigavelmente e digo num tom de voz baixo - “thanks”. Dirijo-me ao gerente do restaurante e conto-lhe o que se passou.
- “Talvez a máquina esteja enrolada com a toalha da mesa” – questiono.
Após alguns segundos, vejo o gerente com uma toalha na mão, dirigindo-se até mim Suja e cheia de migalhas abre-a, ali mesmo, em frente a todas as pessoas. E nada… Fico eu a pensar:
- “Como hei-de dizer isto à Cláudia? Coitada… vai ficar super triste, pá!” – enquanto caminho para a saída do restaurante. Olho lá para fora, e vejo alguém a acenar do outro lado da rua. É a Cláudia. Está a rir-se. Talvez pense que a tenha encontrado. Mas continua a rir-se de forma estranha. Olho bem para ela e acena-me com uma máquina na mão e grita-me:
- “Estava na mochila! Esqueci-me que a tinha colocado lá”. Nem quis acreditar nas figuras tristes que andei a fazer com o cu para o ar e sacudir toalhas sujas. Olho para a Cláudia de soslaio. Estou zangado… mas desmancho-me também a rir.