14.3.10

Mensagens de Esperança

É também aqui no MTP que se realizam as orações comunitárias, 3 vezes por dia: ao almoço, à tarde e à noite. Para quem desconhece do que se trata, nada tem a ver com o conceito habitual de orações, de reza, ladainhas, terços ou afins. Não... Taizé é diferente! Porque como é uma comunidade ecuménica, tem de respeitar todas os credos cristãos. E a melhor forma de o fazer, é através do canto!


São cânticos que têm alma, que falam por si e que nos tocam. A beleza das vozes cantadas entre milhões de jovens que se reúnem aqui é indescritível, e até o mais leigo humano é incapaz de se sentir atraído por estes momentos.

Os jovens presentes no encontro reúnem-se, na totalidade, unicamente, nestes 3 momentos do dia. E aqui gera-se, sem dúvida, uma força única que levamos para os nossos países, terras, cidades, famílias e amigos. São estas orações comunitárias e os "workshops", enriquecidos com testemunhos de pessoas empenhadas na procura de mais justiça, mais solidariedade e mais paz no Mundo, que permitem que, quando regressamos aos nossos países, também nós nos empenhemos nessas causas nobres. A liberdade pela qual tantos lutaram no século XX esteve no centro dos debates, para que possamos, também nós, dar sentido à liberdade.


São assunto sérios que se debatem com uma profundidade que nos toca e impele a agir. Jamais as mensagens destes encontros me deixaram imunes. Elas são simples, e implicam-nos na construção de uma sociedade mais justa.

Mudar concepções, pontos de vista, ideias, atitudes e comportamentos nos jovens de todo o mundo, sem nunca se ter uma atitude moralista, é fazer deles seres humanos empenhados, participados num mundo que também é deles. Por isso, é muito comum observar-se vários jovens, como este da fotografia, que após o término do "workshop" ou das orações ficam sentados a digerir e a interiorizar mensagens de esperança. Porque o que se ouve é forte e o que se vive é especial.


"(...) Aprendermos a não termos tudo preserva-nos do isolamento. As facilidades materiais levam  muitas pessoas a fecharem-se sobre si mesmas, descurando as verdadeiras formas de comunicação.

 (...) Há muitas iniciativas de partilha que estão ao vosso alcance: desenvolver redes de entreajuda, favorecer uma economia solidária, acolher os imigrantes, viajar para compreender por dentro outras culturas e outras situações humanas, promover geminações de cidades, de vilas, para ajudar aqueles que precisam de auxilio; utilizar bem as tecnologias para criar laços de apoio...

Permaneçamos atentos para não nos deixarmos invadir por uma visão pessimista do futuro, focando-nos nas más notícias. A guerra não é incevitável! O respeito pelos outros é um bem inestimável para preparamos a paz (...)

As análises e os apelos com vista a promover a justiça e a paz não faltam. O que falta é a motivação necessária para preservar para lá das boas intenções. (...)"
(Carta da China, 2010)

Nenhum comentário: