31.5.08

7. Passear por Buckingham Palace e no "Green Park"

Para além de visitarmos o “Science Museum”, “Victoria and Albert Museum”, “National History Museum”, “Tate Modem”, “National Portrait Gallery” decidimos que o dia de hoje seria diferente. O cansaço fez-se sentir das voltas “corridas” em Londres pelo facto de termos estadia apenas por 6 dias, e por isso, quisemos que o dia de hoje tivesse sido tranquilo. Apanhamos os famosos autocarros vermelhos de dois andares, verdadeira instituição londrina, e dirigimo-nos até Buckingham Palace. A Tininha afastastou-se do grupo, preferindo ir até “Trafalgar Square” para comprar o bilhete de teatro que assistiu enquanto experimentávamos o “London Eye”, ao final do dia.
Vista de Londres do "London Eye"
Percorremos o Palácio de Buckingham - a residência oficial da monarquia britânica em Londres. Somado ao facto de ser a residência onde a rainha Isabel II mora, o Palácio de Buckingham é o local de entretenimento real, base de todas as visitas oficiais de chefes de estado ao Reino Unido, e uma grande atracção turística. Tal não é, que os “parolos” fazem fila para poder tirar fotografias com os famosos guardas. Olho para os guardas e estes mantêm-se intactos, inertes quase que diria, mortos. Apenas os olhinhos mexem. Mas não nos importamos de nos inserirmos na categoria parola. Eu e o Renato ajeitamo-nos silenciosamente e aproximamo-nos lateralmente deles. Sorrimos e gritamos. “AGORA SUSANA! TIRA A FOTOGRAFIA”. Rimos desalmadamente da situação parola, dos parolos e da foto parola que tirámos. Mas sem dúvida, que não poderíamos deixar de o fazer. Por ficar ficou a palmadinha nas costas do guarda como forma de agradecimento...
Buckingham Palace e o memorial Victoria

O momento da "Parolice"...

O final da tarde foi passado entre o “Green Park” e o “St. James Park”. Um relvado extenso, um sol luminoso, e um cansaço acumulado. Tudo era perfeito para descansar neste local. Por entre passadas curtas mas convictas, sentamo-nos aqui e ali, descansamos um pouco para logo a seguir descansar mais à frente. Um dia de preguiça que permitiu observar esquilos bem perto de nós, junto aos nossos pés e das nossas mãos. Roedores lindos estes que partilharam connosco este dia de relax total…

Esquilos em "St. James Park"

24.5.08

6. Vomitar na Tower Bridge Não é Para Todos!!!

O dia foi passado de um lado para o outro. Visitamos alguns museus, o “Victoria & Albert Museum” (tesouros, peças históricas, e exposições com objectos antigos de várias civilizações), o “Natural History Museum” (História Natural), “Science Museum” (dedicado a todos os ramos da ciência e tecnologia), bem como percorremos a “Tate Modern”, mesmo antes de ela fechar, vislumbrando quadros de Joan Miró, um dos meus pintores favoritos, Claude Monet, Pablo Picasso, e as famosas estátuas de Alberto Giacometti. O final da tarde e início da noite foi passado junto ao Rio Thames, num Pub manhoso, mas com classe, uns a beber as tradicionais cervejas e outros coca-cola (uma vez que PUB que é PUB é proibida a venda quer de cerveja sem álcool e chá!!!!). Por isso mesmo, a última opção foi mesmo uma coca-cola industrial para os restantes que não bebem…
Percorremos a famosa “Tower Bridge” de noite, após termos saído do PUB manhoso. Penso mesmo que a beleza da Torre é realçada com a presença das luzes nocturnas e quando cai a chuva típica londrina. Não sei se foi pelo momento em si, mas simplesmente sei que gostei de apreciá-la e percorrer toda a sua estrutura, passando para o outro lado do rio.

Sem chapéu de chuva, agarro-me ao que tenho na mão para poder tapar os pingos de chuva que caem sobre nós. Para trás fica a tininha, e não se apressa nas suas passada. Está um pouco enjoada… apenas recordo uma imagem medonha!!! Uma gaja gira a vomitar em cima da ponte, a fazer um barulho ensurdecedor e a cuspir-se toda… olho de soslaio para a Susana e para o Renato… temos vontade de nos rir. Tininha… seria isso, os efeitos nefastos da maldita coca-cola industrial? A noite terminou mais cedo. Apanhamos o "bus" tradicional, e com saco de plástico em riste... lá fomos nós a segurar as angustias da amiga... lol...

15.5.08

5. Susana STOMP em "Sloane Square"

Música, dança e teatro, isto são os STOMP! Um movimento de corpos e objectos, STOMP! São sons e ideias, palpáveis e abstractas somado ao uso de objectos do dia a dia. Na bagagem, o equipamento que transforma em som, no palco, e garante a surpresa do público na plateia é simplesmente sucata, material reciclável e objectos de todo tipo: vassouras, tampas de lata, latões de lixo, tubos de silicone, sacos de plástico, caixas de fósforos, entre outros objectos.
O musical é uma combinação de teatro, dança, comédia e muita percussão. E os sons saem de gestos simples: ou alguém poderia imaginar que o acto de varrer o chão, jogar basquetebol ou acender um isqueiro transformar-se-ia num musical?

Simplesmente ficamos vidrados. Valeu a pena, sem dúvida, gastar algumas libras para poder vislumbrar um espectáculo assim. Saímos do “Ambassadors Theatre” a saltar, a estalar os dedos, e a caminhar em passadas ritmadas. A Susana atrás, e o Renato ao lado, lá fomos nós, ter com a Tininha - que nos esperava em Picadilly - a ritmar com tudo aquilo que podíamos, incorporando em nós o verdadeiro espírito STOMP.

Na tarde seguinte decidimos retornar ao “boteco” do dia anterior para almoçar. Um local pequeno, acolhedor e a preços super económicos, situado mesmo na saída do metro de Sloane Square. Os poucos lugares sentados que existiam no boteco estavam todos ocupados. Algumas pessoas de pé faziam fila para pedirem as suas comidas. Eu e a Susana fomos os primeiros do grupo a sermos servidos: lasanha vegetariana por 4,5 libras!!! Uma verdadeira pechincha!!! Olhamos de soslaio e vislumbramos uma pequeníssima mesa virada para a rua onde cabiam para almoçar, com as pernas encolhidas e os braços imóveis, 2 pessoas! Haviam outros lugares, em pé, mas na rua, ficando o grupo separado por um vidro!

O Boteco em "Sloane Square"

Ocorreu, então, uma situação hilariante mas bem real, mas que muito poucos tiveram a oportunidade de ver. “Susana Stomp em Sloane Square”. Podia ser, decerto, uma peça de teatro. Mas não. Resumiu-se a uma queda espectacular, tão quanto a actuação dos verdadeiros STOMP. Vinha eu por trás e vislumbrei a Susana com o seu prato na mão em direcção à saída para poder ocupar os lugares exteriores. Abre a porta com uma mão, e alheada deste mundo nem observa o letreiro em letras GARRAFAIS:

Vejo apenas uma actuação de STOMP misturada com MATRIX, onde a Susana tralha no chão segurando medrosamente o prato na mão. Fica estatelada de barriga para baixo, atirando de forma heróica a sua lasanha vegetariana para um lugar a salvo e sem partir o prato: para debaixo de um carro! As pessoas, na rua, passam, olham uma rapariga com a cara presa ao chão, e franzem o sobrolho. Olho de dento a situação e rio-me como ninguém. LINDO!!!!

Simulação da Peça "Susana Stomp in Sloane Square"

Alguns desperdícios

12.5.08

4. Visita à Travel BookShop em "Nothing Hill"

Quem nunca viu Julia Roberts, no filme “Nothing Hill”, a entrar pela “Travel Bookshop” a dentro e encontrando-se com Hugh Grant??? È decerto um clássico dos filmes “comédia romântica”. Na viagem a Londres não podemos, também nós, deixar de passar por Nothing Hill e entrar na famosa livraria. Ainda para mais, para quem é adepto de viagens, este é sem dúvida um ponto de interesse muito maior do que, quase, o próprio Big Ben.
É uma livraria pequena, mas organizada. Os livros e guias de viagem estão organizados por países. É uma livraria que encanta e surpreende qualquer fanático de viagens como eu… e diga-se a verdade que fiquei com uma dor no peito por não poder ter trazido todos os livros que gostaria. O motivo? Poupanças reduzidas!

No entanto, regista-se para a fotografia alguns livros essenciais para a viagem de Setembro: Tailândia, Camboja, Laos e Vietname!!!

3. Portolbello Market e a Insensibilidade da Susana

É sábado e resolvemos dar uma volta por Londres, e acabámos, sem saber, por ir a Portobello Road Market. Para quem não conhece, é uma feira, situada em Notting Hill, e um dos mais famosos do mundo, cheio de antiguidades e lojas second-hand. Famoso por ser o local onde foi filmado o filme “Notting Hill”, este colorido e aparentemente interminável mercado, com mais ou menos 1Km de extensão, oferece centenas de lojas no seu percurso que vendem de tudo: desde peças de antiguidade a frutas e vegetais, roupas fantásticas, jóias, utilidades para o lar, quinquilharias, vinil, livros, musica, flores e feira de comida.
As ruas de Portobello Market
As barracas

A comida

Pubs, restaurantes e cafés estão por todas as esquinas. Portobello market acontece aos sábados, e nem queríamos acreditar… sem saber, tivemos uma sorte descomunal… Este lugar atrai milhares de pessoas semanalmente sendo um dos cartões de visita de Londres. Tem tanta gente que eu o Renato acabámos por nos perder das meninas que quiseram espreitar a barraca ao lado e não nos disseram nada. Lembro-me de percorrer rua acima, enquanto o Renato percorreu rua abaixo para as podermos encontrar. Após algum tempo lá as vimos sorridentes na compra de bijutarias e brincos!!!!
Outra característica de Portobello é o facto de podermos assistir a dezenas de shows de artistas de rua. Eu e o Renato paramos para ouvir 2 cegos a tocarem viola. Ficámos algum tempo a escutá-los, enquanto a Susana e a Tininha faziam as suas compras. Com a máquina em riste gravámos parte do espectáculo. Eis que se não quando, aparecem as fidalgas sorridentes Susana e Tininha, comentando a Susana: - “Oh pah… vamos lá Renato!!! A tirar fotos a 2 cegos!!!”… Mal sabe ela que não eram fotos… mas sim uma gravação! E ainda dizem que as mulheres são sensíveis!!! (vejam o video em baixo, para ouvir a Susana a dizer isto. MEDO!!! ...lol)

9.5.08

2. House in “Maryland", Near “Stratford"

Chegamos ao aeroporto de “Gatwick” já tarde. Decidimos ir de táxi até “Maryland”, uma hora de caminho, aproximadamente. Habituado aos bons costumes Europeus, ajudo o taxista a colocar as malas na bagageira. Tudo a postos, digo em voz alta que eu vou à frente. Abro a porta do carro e sinto-me confuso!!! Olho para trás e vejo o taxista a sorrir e a comentar: “If you want, you can try”, esboçando um sorriso de orelha a orelha, prestes a sair uma gargalhada de gozo. Afinal, em Londres conduz-se ao contrário! E o volante está à direita! Tinha-se esquecido. Olho para o taxista sorrio-lhe graçolamente, encolho os ombros, e de forma envergonhada dou a volta ao carro e sento-me no lado esquerdo. E digo-vos que é uma sensação estranha, principalmente, quando ultrapassamos a toda a velocidade pela direita. Vai, decerto, contra todos os meus princípios e costumes de bom condutor… mas após algum tempo em Londres, facilmente nos habituamos a novos costumes.
Chegamos a Maryland, que fica a 30 minutos do centro de Londres. Iremos ficar em casa de um amigo, de uma amiga de uma amiga minha!!! (LOL). Nem sabemos bem quem é a pessoa. Apenas sabemos que é um conhecido da Tininha - o Gonçalo - que realizou algumas peças de teatro com ela, em Portugal.
A casa em Maryland

Cumprimentamo-nos. Gente boa. Dá-nos a conhecer que vivem na casa mais 5 pessoas, todas elas portuguesas. Estamos em família, e sentimo-nos assim. Introduz-nos Londres, apesar de alguns de nós já conhecermos a cidade. Percebo que a casa é uma casa sempre em festa, porque é uma casa cheia. Há sempre gente que entra e sai. Que chega do trabalho, que sai para ir ao supermercado 24 horas aberto, ou que traz amigos para beber umas jolas e conviver um pouco. Há sempre gente que está na sala a ver os canais preferidos (“Horror Zone”) ou simplesmente, a jogar uma matraquilhada. Uma das noite chegamos a casa, mais podres de cansaço que sei lá o quê… O dia foi estafante e, estava combinado que no dia seguinte seria o dia em que nos iríamos levantar cedo para podermos visitar partes da cidade do nosso interesse. Prontos para dormir. Não está ninguém em casa. Sentimo-nos uns privilegiados… “AHHH… isto é que vai ser dormir” – pensámos nós! O toque da campinha desperta-nos. Receosos abrimos e vimos que se encontram lá fora amigos do pessoal da casa. Amigos sul-africanos, polacos, ingleses com garrafas na mão, e sacos com bebidas são trazidos para dentro. Dizem-nos que a festa era ali. “Eles vêm cá ter” – dizem-nos. E ali esperamos. Pessoal porreiro que vai metendo conversa uns com os outros. E apercebemo-nos que as poucas horas que já temos para dormir ainda vão ser menores!!! É a loucura… por mais algumas horas conseguimos estar presentes. Jogamos matrecos e divertimo-nos. Mas o sono é mais forte que nós. Eu e a Tininha agarramos no nosso saco cama alojado na sala e arrastando-nos de sonos, pedimos desculpa à Susana e ao Renato, mas esta noite temos de dormir com eles... (ui… foi a loucura! Susana adorei o teu ronco! LOL).

Eu e Renato Vs Helena e Gonçalo... palavras para quê? Deram-nos uma cabazada!!!
Sabemos que Helana - namorada do Gonçalo - está a estudar fotografia em Londres e a trabalhar num restaurante, como a maioria do pessoal lá de casa. Há uns meses atrás teve a oportunidade de vir realizar um dos grandes sonhos! Fazer trabalho voluntário com crianças em África! Esta oportunidade surgiu através de uma organização HOPE for Children (para mais informações acerca da organização - http://www.hope4c.org/) que procura voluntários entre as várias universidades em U.K. Para poder realizar o seu sonho precisa de angariar 2500 libras (3180€, aproximadamente), tenho conseguido angariar até ao momento apenas 800 libras (1025€) através de colectas em estações de metro e de caixas que tem no resaurante onde trabalha. tem sido muito complicado, mas não desiste.

Helena e Gonçalo Ela diz: “Eu sei que a vida não está fácil (muito menos no nosso País á beira mar plantado) mas 5€ poderá fazer a diferença...Se tiverem amigos ou familiares que gostassem de participar ajudem, por favor"

Para que este Blog não tenha apenas a pretensão de expor viagens internas, e para que seja também uma forma de que outros ajudem a construir rostos mais felizes, aqui deixo então o contacto dela, para que possa um dia também partir para longe como um dia também já tive a oportunidade de experenciar o sentido da missão…

Helena Sayanda NIB: 0033 0000 00257050389 05 - Millennium bcp Espero novidades tuas Helena! Boa Viagem... A todos quanto nos acolheram na casa agradecemos a disponibilidade, simpatia e amizades criadas! Até um dia…

1. A Diversidade de Londres Apaixona Qualquer Um...

E uma vez mais decidi partir à descoberta de mais uma realidade que me pudesse fascinar. Parti para Londres com mais três estarolas amigos: A Susana, o Renato e a Tininha. Após dias intensos de trabalho, preparo a minha mochila à última da hora, dirijo-me para o aeroporto e voo… durante 6 dias (25 a 30 de Abril 2008) para fora de mim mesmo.
Eu, Tininha, Susana e Renato_London Eye
Londres é uma cidade única, porque é uma cidade onde o inovador e o ousado caminham na mesma calçada que o tradicional e o imutável, e parecem conviver em paz. Uma caminhada por Londres revela que a moda é aquilo que cada um quer fazer dela. Por lá vêm-se cabelos de todas as cores, roupas de todos os estilos, executivos de cartola e guarda chuva no braço, soldados vestidos como no tempo do Henrique VIII, carruagens reais, indianos, árabes, tribos punk, góticos, e simpáticas velhinhas que se reúnem para tomar o chá das cinco.
A moda é esquecermo-nos do pente na cabeça!!!
Segredos profundos são perdidos em labirintos de culturas e ruas que formam a vasta, densa e intrincada metrópole. Londres pode ser antiga e enraizada no passado, com uma dúzia de museus ou monumentos para cada século de seus 2 mil anos de história, mas também é extremamente moderna e vanguardista. Em nenhum outro lugar a vida global é mais visível. Pessoas de todo o mundo pintam e vazam por lá e, como uma vasta esponja, a capital da Inglaterra as absorve e excreta indiferentemente. O fotógrafo mais famoso da cidade é peruano, a comida mais popular é indiana, a música do momento é o reggae jamaicano. Estrelas de Hollywood pisam os palcos dos seus teatros, e as casas de shows apresentam estrelas líderes de países distantes tão diversos como Senegal e Brasil, e todos atraem grandes públicos.
Em "Camden Town", o estranho é não ser diferente!
Todos em Londres são anónimos fora de seus círculos de contacto; junto a isso, vestem o que querem, fazem o que têm vontade. E Londres nem nota...
Neste cenário, esta última imagem representa a essência da cidade: o equilíbrio (ou disputa) entre tradição e modernidade. De um lado o poste da estação de metro de Westminster, a mais moderna da cidade, e que dá acesso a um mundo subterrâneo de alta tecnologia. E do outro lado a torre do Big Bem, que há 150 anos permanece a marcar as horas da mesma forma, com as mesmas monótonas badaladas e a mesma conhecida melodia. Num lugar com tantos contrastes é impossível ficar indiferente o que acontece à sua volta e não se deixar apaixonar. É justamente por tudo isto que Londres está eleita uma das minhas cidades preferidas.