"El Desafio" - Queda livre de 68 metros. Loucura total! Uma das outras actividades a que fomos foi ao chamado "Ciklón". Uma sensação de vertigem a deslizar por 14 metros de altura e a rodar a toda a velocidade. A Claudia, mais uma vez queria-se desmarcar de mais uma adrenalina, pelo que tivemos que lhe dizer meias-verdades e "este" não custava assim tanto! Haviam de a ver a gritar, com os cabelos ao vento, a praguejar e a realizar promessas de morte a todos nós! Lindo!
A maioria das diversões que existem no parque são de água. Andámos na "Anaconda", uma montanha russa de água sob troncos com vertiginosas quedas de 7, 12 e 16 metros. Nesta, a Claudia foi por livre iniciativa. Mas adorei vê-la benzer-se meia dúzia de vezes, enquanto batia três vezes na madeira, ao mesmo tempo que fazia figas.
Mas uma das minhas actividades de àgua preferidas foi, sem dúvida, o "Iguaçu", uma descida de rafting pelas cataratas de Iguaçu a mais de 50km/h. Na realidade, ia voando! Fiquei na parte de trás do barco e leve como sou, se não me segurasse... lá ia eu!! No final, suspeito que, de todas as 25 pessoas no barco, se 2 ficaram sem se molhar... foi muito! Acabamos na totalidade com as roupas encharcadas e o cabelo a escorrer!
A bordo de um bote pneumático andámos também quase 500 metros de rafting no "Rápidos de Orinoco", onde já na saída apanhamos mais molhas de uma catarata, na qual passamos por baixo dela.
"Rápidos de Orinoco" No entanto, de todas as actividades, a que mais me apaixonou, surpreendeu e me amedrontou foi o "Jaguar". Uma infindável montanha russa suspensa com giros de 360º. Enquanto esperamos na fila pela nossa vez, ouvimos gritos estrondosos de pânico e pavor dos que seguiram à nossa frente. Vemos as voltas e a velocidade a que os carris da montanha russa andam. Fico a rir-me de nervos. Olho para a Ana e para o Nuno, e riem-se também. Sei que são de nervos. Ainda, por momentos, ponderamos em conjunto desistir mesmo à última da hora. Mas nenhum de nós quis dar parte fraca, apenas a Claudia, mais uma vez ficou (e muito bem) no lugar dela... fora das actividades.
Levo comigo, às escondidas, a minha fiel e companheira máquina fotográfica para registar este momento surpreendente através de video.
O grupo no "Jaguar" Gritos. Euforia. Histeria. Loucura. Berros de pavor. Berros de risos descontrolados. Medo. Pânico. São, talves, estas as palavras para descrever aquela sensão que demorou menos de 60 segundos, mas que lá em cima me pareceram uma verdadeira eternidade. Aterrorizado, e agarrado com todas as força que possuia à grade de protecção, gritei até não poder mais esvaindo-me na voz e sentindo-se na glote que vibrou como nunca!!!!
Só mesmo a minha filmagem para nos fazer chorar a rir até às 2 da manhã, a ver em modo de repetição, durante mais de 2 horas seguidas. MUITO, MAS MUITO BOM!!!
Nós molhados e a gargalhar na "Anaconda"
E Isla Mágica é isto mesmo. Diversão pura. Surpresa no seu melhor. Um sentimento de dinheiro bem aproveitado. Uma verdadeira terapia pelos sentimentos. Gargalhadas genuinas e medos contidos. Uma mistura de emoções que fazem deste parque uma óptima lembrança de quem não se importaria de repetir uma nova visita, agora com mais tempo!
Na cultura do "portuga", o adulto não tem direito a divertir-se assim. E quem o faz é considerado imaturo. Por isso, não existem parques temáticos. Felizmente, mesmo aqui na nossa vizinha Espanha a tradição é outra! Vive-se desreprimido! Por isso, se alguém for rico e quiser ser um bom samaritano, POR FAVOR, construa um aqui em Algés! Havia de ser fins de semana lotados de gargalhada!