26.7.10

T38: O Comboio-Hostel


(05.04.2010)
Entrei à pouco no comboio T38 de Guangzhou em direcção a Guilin. A travessia até lá vai ser feita de noite. Preferimos este horário por 2 simples razões: a primeira, para pouparmos tempo na viagem. Viajamos de noite, enquanto dormimos. A segunda, porque pela compra do bilhete oferecem-nos um mini “hostel” de 2m2. Portanto, poupamos tempo e dinheiro. Afinal, não se diz mesmo que tempo é dinheiro?


 Este mini “hostel” é composto por 2 beliches. Eu o Nuno ficamos nos beliches de cima (os mais caros), porque os debaixo já estavam esgotados (porque será???)!!! Connosco viajam mais 2 outras pessoas. Japonesas, parece-nos. 

Uma já idosa e outra novata, mais ou menos da nossa idade. Talvez avó e neta? Não falam nada de inglês e apenas se riem quando cá de cima retiramos dos sacos o nosso jantar: sandes de queijo com pão de passas acrescido de um refrescante sumo de maçã, comprado em Guangzhou no “7-eleven”, as famosas lojas abertas 24h existentes por aqui. Lá em baixo janta-se uma sopa cujo recipiente contem uns pós estranhos de corantes, cuja água é aquecida numa pequena chaleira. Diga-se que pelo cheiro, prefiro o sandocha! 


 Este pequeno espaço onde estamos é pequeno. Vivo por 11 horas apenas numa cama, tendo espaço para guardar a mochila e os sapatos. Nestes 2m2 estão disponível uma pequena televisão que não sabemos como ligá-la, e ainda alguns botões para ouvirmos rádio, caso trouxéssemos auscultadores para serem ligados ao comboio!!! Ou seja… permanecemos sem nada para fazer durante a viagem, a não ser, dormir! Afinal, precisamos de recompor as energias! 

 

 São neste momento 21h45m. Estamos a caminho há 2h, estando a chegada prevista para as 6h45m, segundo as informações que a “revisora” nos deu, unicamente com as palavras “Guilin” e “hours”, apontando decididamente para o pulso. Ela entendeu, e com gestos respondeu a hora prevista. Aqui dentro já estão todos a dormir. Consigo ouvir o pequeno ressonar do Nuno, sentindo que, eventualmente, poderemos causar, os dois, alguns incómodos às vizinhas debaixo quando eu for, verdadeiramente, dormir. Afinal, andamos cansados, e ressonar será normalíssimo. 

Espero poder acordar a horas para tentar reconhecer os caracteres da estação de comboios de Guilin. Já coloquei o despertador para as 6 da manhã, e anseio que as vizinhas do andar de baixo não se dignem a roubar os passaportes, a máquina fotográfica ou mesmo o pocket PC que trouxemos! A ver vamos! Boas noites… 

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