26.2.09
Matt Harding, O Dançarino Viajante
Matt Harding era um programador de jogos na Austrália, quando em 2003 decidiu que precisava fazer algo mais. Deixou o emprego e resolveu viajar pelo mundo.
Fez as malas e com suas economias partiu para a Ásia. Pouco tempo depois criou um site para a família acompanhar a viagem pelo mundo fora. Um dia, um amigo de viagem pediu para o Matt fazer uma dança, enquanto ele filmava os locais por onde passavam. Em cada país visitado, sempre com a mesma dança.
Ao regressar de viagem, o vídeo com a dança engraçada foi colocado no YouTube e começou a ser assistido por um, depois outro e outro e outro......... e acabou por já ter sido assistido por mais de 10 milhões de pessoas na Internet!
Matt já viajou por mais de 70 países, e não vai parar tão cedo. Uma empresa de chicletes resolveu patrocinar as suas viagens e a partir daí ele passou a convidar os internautas pelo site wherethehellismatt.com a participarem dos vídeos.
Ele apenas dança! Muito bom!
Um dia farei o mesmo…
O Mundo é Um Livro
"O mundo é um imenso livro do qual aqueles que nunca saem de casa lêem apenas uma página"
- disse o filósofo e teólogo Agostinho de Hipona.
E é desta mesma forma que, também eu, vejo a vida! E se não a visse desta maneira, jamais poderia contemplar pores-do-sol como este. Basta partir... para longe ou perto!
25.2.09
Cascais: Vivê-la de Forma Diferente
Enquanto vasculhava o meu PC no sentido de dar-lhe alguma organização, percebi que, por entre fotografias que fui tirando de algumas pequenas e grandes viagens que realizei, algumas delas não tive tempo de postar no Blog.
No entanto, há esta pequena viagem que me faz reviver grandes bons momentos de forma nostálgica: Cascais. Todos os dias viajo por Cascais, por ser o local onde trabalho. Mas, certamente, essas são outras viagens, um pouco mais vanguardistas pela Cascais Rural, pobre, deserta, feia, fúnebre, desolada e muito pouco conhecida. Sim… por esta Cascais viajo eu diariamente, na qual sou capaz de saber cada cheiro, pormenor e detalhe ínfimo de outras paragens, movimentos e Carnavais!
Mas a outra Cascais que me faz remexer alguns bons sentimentos quando olho para cada uma destas fotografias é, sem dúvida, a Cascais Litoral.
24 de Agosto – Sábado
Dias antes combino com um grupo de amigos um dia diferente, cheio e cultural. Um dia para ficar na memória. Talvez ficasse apenas na minha, não sei, mas isso não interessa. O que queria mesmo era poder deixar um pouco as amarras do trabalho e viver esse sol que brilha e que, sem darmos por isso, não o aproveitamos convenientemente. São momentos para os quais não estamos alerta e atentos. E assim deixamo-nos levar. E não inovamos. Por tão pouco…
Sim. Por apenas 1.75€ pudemos desfrutar de um passeio de Barco à Vela e a oportunidade de navegar ao longo do litoral da costa Cascais/Estoril, na embarcação tradicional “Estou para Ver”, convertida de um antigo Galeão do Sal do início do Séc. XX, cuja capacidade é de 35 passageiros. Com os coletes vestidos, a entrada no barco fez-se rápida. E partimos… A duração da viagem permitiu saborear um momento diferente de contacto com a natureza.
Lembro-me de, lá ao fundo, ver a costa e pessoas em poses veraneias a passerem-se pelas praias da linha. Lembro-me da sensação de estar a navegar e de poder ajudar no içamento das velas. Lembro-me de alguns salpicos da água em direcção à cara e a frescura que isso me transmitia. O cheiro a maresia. A frescura de um calor, de verão matinal, insuportável. A sensação de leveza e de desfrute da paisagem. Lembro-me...
Andar de barco não foi novidade para mim. Já muitas outras viagens fiz de barco e em países estrangeiros. Mas talvez esta tenha-me sabido a vida.
18.2.09
Optimismo Contagiante
Viver o Festival de Músicas do Mundo
Sim!
Estive lá!
Estive. Vivi. E experenciei o que o FMM08 teve para dar.
Para quem não conhece, o FMM pode ser enquadrado na área da “world music”. Da tradição ao jazz, da folk aos blues, do tango ao reggae, da clássica à fusão, é sobretudo um festival de música sem fronteiras de género. Afinal, é sempre a multiculturalidade que me fascina. Não mais senão o fascínio pelo desconhecido e pelo diferente.
Num mundo cada vez mais igual, em que todos pensam da mesma forma e em que os valores são globalizados a um ritmo alucinante (e sem se questionar), deixamo-nos, por vezes levar, no mundo da ilusão. Afinal, que poderá haver de mais belo senão a diversidade, a diferença, o despreconceito e o encontro?
É isto que se encontra no FMM!
Este ano, o FMM assinalou 10 anos com o programa mais extenso da sua história. Foram 40 espectáculos e iniciativas paralelas repartidos por quatro palcos montados na aldeia de Porto Côvo -junto ao Porto de Pesca – (onde estive) e na cidade de Sines. O número de espectadores estimado em 85 mil pessoas, o mais alto de sempre!
E como viver é ser livre, nada melhor do que ter feito as bagagens, agarrar em companheiros de viagem e montar estacas no chão à luz dos faróis do carro numa noite escura, para conseguir montar tendas. A vida de simplicidade que vivemos estes dias de festival permitiu-nos estar longe de tudo aquilo nos preocupa no dia a dia.
As ruas de Porto Covo foram invadidas por freaks e alternativos que no chão da calçada faziam as suas estadas, vendas e pernoitas. Brincos, pulseiras, anéis, quadros, roupa, bolsas entre outros, foram os artigos mais expostos, visto e remexidos por todos nós. Gente pelas ruas acima. Gente pelas ruas a baixo. Este foi o movimento de Porto Covo entre o festival, a praia, e as esplanadas que quer de noite ou de dia se faziam cheias.
- "1...2...3... AGORA" - dissémos tantas e tantas vezes uns aos outros, ao mesmo tempo que carregavamos no botão de disparo da máquina fotográfica, enquanto os objectivados pulavam desalmadamente na tentativa de ficar alguma fotografia de jeito.
- "mais uma vez... vá lá.... 1...2.... AGORA" - a estratégia agora era outra. Saltar antes de do disparo. E por entre estratégias, tentativas e erros conseguimos que algumas delas fossem minimamente dignas de serem publicadas. Este é o resultado de um fim de tarde junto à falésia...
No entanto, Asha Bhosle foi a esperada, por mim, relativamente a todos os concertos. Uma velha de 75 anos, mas não caquética. Com mais de 13 mil canções gravadas e participação em mais de 950 filmes de Bollywood, na Índia, surpreendeu qualquer um de nós que ali este presente pela sua expressão, contacto e relação que conseguiu estabelecer. Não houve pé que ficasse no chão e mão que não tivesse no ar. Só quem esteve presente sabe do que falo. E afinal, para viver não é preciso só idade. Ela é certamente a prova viva disso: voracidade, garra e alegria contagiante…
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