14.5.09

Y Vivir Sevilla. Olé!!!!

Depois de um pequeno-almoço na família de acolhimento, apanhamos o comboio e o metro para podermos chegar até ao centro da cidade. Sevilha, a capital da Andaluzia é uma cidade aristocrata, mas descontraída com uma herança cultural fabulosa e antiga que remonta a tempos imemoriais. O seu destino esteve sempre ligado ao Rio Guadalquivir (“o grande rio” em árabe) e ao grande comércio que ele oferecia à cidade.
Sentados numa esplanada da conhecida Avenida de la Constituition, uma das ruas principais e movimentadas da cidade - que se inicia na praça Porta de Jerez (onde aí existe uma fonte lindíssima) e termina um pouco mais para lá da Catedral, junto à Câmara Municipal – tomamos o nosso café mesmo antes de podermos visitar a cidade, com o pouco tempo que nos resta, por entre orações, encontros e workshops. Monumentos imponentes e orgulhos fazem parte da cidade. Depois de 500 anos de cultura islâmica, Sevilha foi conquistada pelos cristãos, em 1248. Em 1401 foi decidido erguer-se no mesmo local que a mesquita uma nova catedral de proporções sem precedentes, sendo hoje, a Catedral de Sevilha, a maior igreja cristã do mundo!!!, estando no livro do record do Guiness.
Catedral de Sevilha
O melhor local para observar é a La Giralda, símbolo de Sevilha. O nome vem de um cata-vento no topo, designado El Giraldillo. La Giralda A “porta do perdão” é a principal entrada para a única secção sobrevivente da mesquita. O arco e as portas cobertas de bronze estão cobertas com 880 inscrições do corão. O Alcazar, um magnífico palácio-fortaleza criado por monarcas cristãos e muçulmanos, situado junto à catedral, bem como o Arquivo das Índias, são outros monumentos, como a Catedral e a La Giralda, declarados Património da Humanidade, verdadeiros exemplos das jóias da capital da Andaluzia. Porta do Portão_Catedral de Sevilha Sevilha sente ainda, quer na sua arquitectura, quer na sua cultura, os efeitos de toda uma herança Árabe. E na deslocação até à Praça Del Salvador, onde nos reunimos para podermos participar numa oração comunitária que reuniu jovens de vários países, observo que a alma do flamenco pulsa nesta cidade de estilo e atmosferas muito próprias. Igreja del Salvador
Os ciganos chegaram à Andaluzia no século XV e desenvolveram um estilo único de música, o flamenco, inspirado em fontes árabes, judaicas e bizantinas, bem como nas suas próprias tradições indianas. As danças sevilhanas fazem parte, exactamente, do espírito flamenco. E pelas ruas da cidade surgem várias actuações. Gente cigana ou de ascendência cigana participa neste tipo de actividades pelas praças e pequenos pátios onde público transeunte, como eu, se aglomera à sua volta, observa e, simplesmente, aplaude entusiasticamente as performances improvisadas que surgem naturalmente.
Actuação de Sevelhinas nas ruas
Sevilha é também conhecida como sendo a capital das tapas. E ao chegar à Praça Del Salvador, observo o espectáculo de multidões alegres que percorrem a rua e petiscam de bar em bar por entre os milhares que Sevilha possui. É tradição que antes do almoço ou jantar se coma tapas, como aperitivo: azeitonas, chouriço, presunto, marisco, cogumelos, croquetes, almôndegas, enquanto se bebe uma ou mais cervejas.
O pessoal nas Tapas_Praça Del Salvador
A estadia é curta nesta cidade. Uma vez que vim participar de um encontro ecuménico, desta vez, por questão de tempo, preferi apanhar um autocarro turístico por 15€, para me levar, em menos de nada, a visitar a cidade que não tenho tempo para a conhecer. Nesta viagem, acompanharam-me o Nuno, a Ana e a Cláudia. Subimos para a camioneta, colocamos os auriculares nos ouvidos e com o mapa aberto fomos conhecendo a cidade. A viagem “chata” que se avizinhava tornou-se numa viagem super divertida. Em cima da camioneta, metíamo-nos com os residentes de Sevilha, acenávamos com os braços e o engraçado de tudo é que obtínhamos sempre resposta. Gente engraçada e com espírito aberto. São, certamente! E nós? Riamo-nos!
Partimos da Torre Del Oro – imponente torre de vigia com 12 lados mourisca do séc. XIII. Devo o seu nome às telhas douradas que a adornavam em templos. Outros dizem que o seu nome deriva do seu uso como armazém para ouro no apogeu de Sevilha.
Torre del Oro
Seguimos adiante por toda a cidade, ficando-me na memória a famosa Praça de Espanha, uma praça semi-circular que foi projectada como o centro da exposição Ibero-Americana de 1929. Está completamente coberta de azulejos lindíssimos que ilustram momentos históricos e símbolos das 40 regiões de Espanha. Este mesmo local foi usado como cenário do filme “A Guerra das Estrelas: Ataque aos Clones” por não parecer deste mundo.
Praça de Espanha
Nesta pequena viagem passamos, também, pelo Bairro de Triana, uma bairro castiço, formado por prédios pintados de várias cores cujas janelas se tornam originais pelos seus rolos de “tapete” a servirem de persiana. Era aqui neste bairro que, antigamente residiam a maioria da população cigana, nascendo nele grandes dançarinos de flamenco e toureiros.
Janelas típicas do Bairro de Triana

Um comentário:

Anônimo disse...

Bom a parte mais divertida da viagem está certamente para chegar...
Espero por um post bem arrojado, expressando por palavras, aquilo que foi essa pequena viagem turistica a partir de agora, ok?
Podes ver os videos todos que tens para te inspirares.

abraço
Nuno Rocha