17.5.10

Vista ao Templo A-Ma na Ilha de Coloane

(03.04.2010) Não nos levantamos cedo. Deixamo-nos ficar na cama até mais tarde pelo cansaço da viagem. Afinal, a dormir em casa de amigos que conhecem a região, quem precisaria de guias ou de se levantar cedo para descortinar o que ainda falta por ver? Estamos seguros!

Da ilha da Taipa - onde estamos alojados - até à ilha de Coloane é, sem dúvida, um instantinho indo de carro. O João leva-nos de boleia até lá, mesmo antes de ir trabalhar, e não nos fazemos de rogados!

Praia de Cheoc Van - Ilha de Coloane

Com o tempo nublado – no entanto com calor - levam-nos a conhecer as praias mais concorridas da região: a praia de Cheoc Van e a praia de Hác-Sá, que ficam num recôndito lado ocidental da ilha.

Estátua da Deusa A-Ma

Não muito longe dali, enveredamos por uma subida pela estrada do alto de Coloane, até ao Pico da ilha, a 170ms. A coroar o alto de Coloane encontra-se a Estátua da Deusa A-Ma, com 19,99 metros de altura. Esta estátua é visível de uma grande área do sul da China, sendo venerada por pescadores e marinheiros, tendo, por isso, um significado muito especial.

Templo A-Ma - Ilha de Coloane

Descendo pela mesma estrada pela qual subimos, facilmente encontramos o Templo de A-Ma. Este é o primeiro grande templo que visitámos. Declaro aqui, publicamente, que tive de me conter pela emoção vivida por visitar este templo budista.


Corro para dentro dele, e observo tudo, tirando fotografias. Um verdadeiro templo de acordo com o imaginário chinês de qualquer um. Com recortes característicos, de cores vermelhas intensas, cheiros a incensos, estátuas de dragões, acrescido de decorações de balões pendurados por todo o lado.

Marta, à saída do templo A-Ma

16.5.10

Jantar Em Casas de Prostituição


Depois de percorrermos parte da ilha de Macau de camioneta e a pé, acabamos a noite cansados, visitando a Sé Catedral. Esta foi a primeira catedral, de pedra, consagrada em 1850, construída no local de outras catedrais anteriores, tendo sido quase destruída na totalidade num tufão 24 anos depois. Após ter sofrido extensas reparações, hoje é considerada como um dos pontos de passagem obrigatórios a quem visita a ilha.

Sé Catedral de Macau


Os pés estão ressentidos do cansaço do dia. As forças também já não são muitas. Por isso, aproveitamos, antes do regresso a casa, para jantar num dos restaurantes da conhecida Rua da Felicidade, outrora local de tempos de glória de rua envolta em prazeres das casas de prostituição, casa de ópio e tascas.

Rua da Felicidade

Dessas memórias sobrevivem apenas as casas com uma grande porta directa para a rua - onde só entravam aqueles a quem a dona do bordel permitisse – e uma varanda no primeiro andar, onde muito possivelmente as raparigas seriam mostradas aos clientes. Todas as portadas estão pintadas de vermelho.
Muitas das casas foram agora transformados em armazéns, sendo, presentemente, um bairro tipicamente chinês com muitas lojas de comida e restauração. Aqui jantámos e, com os pauzinhos chineses, habituamo-nos um pouco mais à tradição. Afinal… estamos ainda no início desta viagem!


De Cabelos Em Pé

Os chineses são assim...
De olhos em bico e muitos deles de cabelos em pé. Adoro!

Macau ao Ar Livre



O que me impressiona em Macau? Tanta coisa! Muita. E uma delas é os Jardins!


Macau envolta em movimento, pessoas, feiras, prédios, casinos e hotéis, contrasta pacificamente e de forma reconhecida pela sua natureza, jardins e caminhos pedonais. É verdade! Um pouco mais à frente da caminhada encontramos o Jardim e Gruta de Luís de Camões. A origem do nome deve-se ao busto de Luís de Camões que ali se encontra dentro de uma pequena gruta, mandada construir, em 1886, para albergar o referido busto.


Vários caminhos nos conduzem até ao topo do monte onde se encontra um pequeno pavilhão chinês e diversas mesas e bancos de pedra onde homens de idades mais avançadas se juntam, a fumar o seu cigarro e a jogar o xadrez chinês.


Aqui no topo do monte, nesta pequena Macau-jardim, descansamos um pouco enquanto observamos Macau-cidade. E é tão contrastante estas duas realidades que convivem mutuamente uma com a outra em perfeita comunhão e, aparente, harmonia.


Nestes jardins os habitantes passeiam as suas gaiolas com pássaros, exercitam o seu tai chi matinal, realizam exercício físico em pequenos instrumentos aqui colocados ao dispor de todos os residentes ou convivem com os amigos. Vive-se com relativa qualidade de vida. E eles sabem-na aproveitar!



Um outro jardim visitado foi o Lou Lim Leoc. Talvez estes sejam o mais tipicamente chinês de todos os jardins de Macau. Este jardim foi mandado construir por um rico mercador chinês que o deixou em herança ao seu filho Lou Lim Leoc, daí o seu nome. O jardim ficou ao abandono após a decadência da fortuna da família. Mais tarde foi restaurado pelo governo estando aberto a qualquer transeunte que queira descansar da azáfama de movimento que caracteriza a Macau.

Entrada do Jardim Lou Lim Leoc

Este jardim é totalmente murado e além disso, é uma verdadeira paisagem em miniatura, com trilhos estreitos entre pequenos bosques de bambu e arbustos verdejantes sob lagos povoados de flores de lótus. Os trilhos serpenteados são-no devido a crenças tradicionais: os maus espíritos só se deslocam em linha recta!!!