20.3.09

Viajar de TGV com Um Sorriso na Cara

No verão de 2008, mais precisamente no início do mês de Setembro, parti em Direcção a Rochefort-en-Terre, em França, para poder participar num intercâmbio de jovens. Após ter chegado ao aeroporto de "Charles de Gaulle", em Paris, tive de esperar cerca de 4 horas para poder apanhar o famoso TGV (do francês: train à grand vitesse), o comboio a grande velocidade, um verdadeiro símbolo nacional em França, e como dizem, até ao momento é o comboio de maior sucesso na Europa.
A viagem até Rennes, capital histórica da Bertanha, demorou aproximadamente mais 4 horas, após 4 horas de espera. Sim, isso mesmo! 4 horas para chegar ao destino! Um comboio a grande velocidade que demora tempo e tempo e tempo para nos levar onde queremos. Por isso questionei: onde estará a "grande velocidade"? Para ser muito sincero não sinto grande diferença na velocidade entre um TGV e um comboio da linha de Sintra. Talvez esteja a exagerar, claro, mas a diferença não é lá muita.
Ia com tantas expectativas que pensei, deveras, poder andar agarrado ao assento do comboio, com os dedos metidos dentro do banco, os dentes cerrados, os cabelos ao vento e os olhos semi-cerrados devido à grand vitesse. Mas não... nada de extraordinário. Talvez as boas comodidades distrairam a minha mente de tal forma que nem dei conta de ir a extrema velocidade.

Mas uma diferença senti entre o TGV e os comboios da Linha de Sintra: os revisores! Alegres e bem dispostos que bem se distanciam das caras cizudas dos nossos portugas. Imaginem um revisor-palhaço que distribui balões às crianças, que se mete com as velhas parisiences que trazem baguetes debaixo dos sovacos cheios de pêlos, que fazem truques de magia e distibuem sorriosos e olhares esbugalhados. É realemnte fantástico!

Talvez não tenha sentido a velocidade porque durante muito tempo me tenha distraído com estas pequenas coisas.... talvez! E adorei!

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