8.10.09

Praça Jemaa el-Fna

Por toda a cidade de Marraquexe há movimento. Há pessoas. Muitas. Todas elas andam apressadas de um lado para o outro. Há movimento nos carros, motas e bicicletas que passam. Marraquexe está cheia de pessoas e cada vez mais cheia de turistas.
Apesar da imensidão de gente, é impossível deixar de passar pela conhecida Praça Jemaa el-Fna. Ela é o centro de Marraquexe e o ex-libris da cidade. Todas as direcções indicam a praça que é considerada pela UNESCO como sendo Património da Humanidade.
O seu nome "Jemaa el-Fna" traduzido significa "Assembleia dos Mortos", isto porque, até ao séx. XIX, todos os criminosos a quem eram ditados a sentença de morte, eram decapitados aquie nesta gigantesca praça. Por vezes, eram executadas até 45 pessoas num só dia, e as suas cabeças eram conservadas e expostas nos portões da cidade.
Embora seja um espaço irregular sem qualquer conjunto harmonioso de edifícios, interessa-nos porque ela é, por si só, uma amostra tradicional de Marrocos. Também aqui há movimento de turistas e comerciantes.
Por todo o lado há bancas a venderem de tudo um pouco. A praça está transformada num grande mercado a céu aberto, onde turistas e pessoas locais se encontram. Dentro dela há acessos a ruas que nos levam a conhecer os souks da medina.
Mas na praça facilmente encontramos uma diversidade de actividades. Há os famosos vendedores de sumos de laranja natural. Há os encantadores de serpentes. Há artistas de rua que atraem o público com (tristemente) macacos-bailarinos... Há também videntes, bailarinos, contadores de histórias, aguadeiros e malabaristas que fazem desta praça, outrora com um passado terrível, uma praça sempre em festa.
Encantadores de Serpentes
Macacos Bailarinos
Aguadeiros - Tradicionais Vendendores de Água
Passeio de Dromedário
Músicos
Jemaa el-Fna é uma mistura de sons, cheiros e sabores. É mergulhar, profundamente, na cultura marroquina com tudo o que isso possa significar. Pisei-a. Estive lá. Conheci-a. E com isso vim mais rico de experiências, de um lugar mágico e único que muitos passam, mas que poucos são capazes de sentir a verdadeira essência marroquina.

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