5.9.09

Abandonados Na Maior Medina de Marrocos

Sabendo da imensidão de Fez, optámos por alugar os serviços de um guia, até porque, se não o fizéssemos não teríamos tido tempo para ver o essencial da cidade.
Combinámos com o guia, no dia anterior, hora, local e preço estipulado (de 120 dirhams - para o conjunto do grupo dos 8 portugueses). Partimos bem cedo, primeiramente, para um miradouro, onde aí podémos observar que Fez é, realmente, um tecido urbano compacto. É um mar de telhados de onde emergem crepúsculos e minaretes.
Parte da cidade de Fez
Posteriormente, seguimos ao encontro da comunidade local dentro da medina, considerada a maior do reino de Marrocos, com 14 mil ruas labirinticas e a viver dentro dela mais de 200 mil pessoas!!!!!!!! Algo estrondoso e de tamanho tal que seria, totalmente, impensável visitá-la sem orientação de um guia. Se não o fizéssemos a consequência lógica seria o de nos perdermos em menos de nada. Aposto!
Nesta medina, assim como todas as outras que fomos conhecendo, há uma imensidão de comércio. Marrocos vive das lojas e de tudo o que se possa vender e fazer dinheiro. Encerrada por altas muralhas, com ruas estreitas, casas altas, proibido o andamento de motas ou bicicletas (apenas burros, como forma de transporte de mercadorias) e com um calor insuportável, torna-se difícil caminhar na medina.
Dentro dela encontra-se a Medersa Bou Inania (um estabelcimento cultural e religioso), a maior e mais luxuosamente decorada medersa construída.
Entrada da Mesquita Karaouiyine Na medina encontra-se, também, a Mesquita Karaouiyine, a mais antiga e mais ilustre mesquita no mundo muçulmano ocidental, tendo sido a 1ª universidade a ser fundada em Marrocos. O pátio, ou Sahn, está revisto de mais de 50 000 azuleijos feitos prepositadamente para o chão da mesquita (ver foto acima). Actualmente é um dos centros espirituais e intelectuais do Islão e continua a ser sede da universidade muçulmana de Fez.
Á porta da Mesquita
Mulheres dentro da Mesquita
O nosso guia levou-nos ainda a visitar uma Kasbha de tapetes feitos à mão perto do Bairro Andaluz, onde aí tentaram, sem efeito, venderem-nos. O que sentimos é que, normalmente, os guias levam-nos às casas turísticas de artesanato, na tentativa de comprarmos algo, uma vez que quiçá, receberá uma comissão por ter levado os turistas e pelas compras destas. Seremos má língua??? Não me parece! O esquema é este... mas já treinados saímos de lá sem um único tapete, mas com o chá de ortelã oferecido bem bebido!

Quando percebemos o esquema recusámos sempre a compra em algum destes estabelecimentos a que o guia nos conduzia. Além disso, tinha-nos dito que nos levaria a um restaurante para almoçarmos onde o preço seria 120 dirhams cada um, com tudo à descrição. Mesmo sendo o preço para "turista" lá aceitámos.

Quando recebemos a conta nem queriamos acreditar os 120 dirhams tinham sido mais um engano. Casa um teve de pagar 180 dirhams!!! O que ele não nos disse foi que, os preços são a partir de... 120 dirhams constados da lista. Assim, cada um pediu o que quis da lista e por isso a conta foi maior. Enfim... o tradicional.

Depois deste desatino com o guia, ele já quase nem falava connosco. Mostrava-nos os sitios a correr e despachou-nos o quanto antes. Fizémo-lhe o pagamento e pô-se a andar dalí para fora. Nem queria acreditar no que estava a acontecer. O problema não era o guia....
... o problema era não saber voltar ao hotel onde estavamos instalados e saír dalí para fora, dentro da maior medina de Marrocos!

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