2.9.09

Passeio Pela Medina de Tétouan

Tétouan é uma cidade toda pintada de branco e erguida nas partes das encostas de Jbel Dersa, que foi habitada pelos mouros da Analuzia no séc. XVIII.
A chegada à cidade fez-se com confusão. Haviam pessoas nas ruas, umas com roupas tradicionais dos berbéres das montanhes, outras vestidos com burquas, e outras com chapéus tradicionais. Carros que circulavam de um lado para o outro. Vendedores locais por todo o lado, e um cheiro nauseabundo em qualquer lado onde estivessemos. Talvez este seja logo a primeira impressão que se tenha de algumas cidades de marroquinas: o cheiro.
Soubemos por um polícia que a confusão instalada em Tétouan deve-se ao facto de o Rei Mahomed VI estar presente na cidade por alguna dias. Há ruas interditas, o que ainda mais dificulta a passagem dos peões e carros pelas ruas.
A nossa Riad fica junto ao Palácio Hassan II que liga a Ville Nouvelle e a Medina, e por isso, estamos alojados, exactamente, no meio da confusão! Literalmente!
Palácio Hassan II e Praça Moulay et-Mehdi
Mas a grande herança analuza da cidade é, sem dúvida, a sua medina. A medina de Tétouan é considerada Património da Humanidade e a mais andaluza de todas as medinas de Marrocos.
Uma das portas de entrada na medina
Aqui, por entre as ruas estreitas, vende-se de tudo um pouco e de forma amontoada por entre os vários souks: especiarias, tapetes, chinelos (as tradicionais babuchas), carne, peixe, fruta, artigos usados, tecidos, cerâmica, animais, ortelã, perfumes, relógios, bijuteria... Enfim... tudo se encontra dentro da medina. As medinas são para os marroquinos o centro de toda a actividade comercial, onde tudo se passa e se desenvolve. Souks de tecidos
Souk de especiarias
Souk de Carne
Para passaremos pela medina é quase necessário um mapa ou um guia, caso não nos queiramos perder. Antes de partirmos à descoberta de Tétouan encontramos, junto à Praça Moulay et-Mehdi o marroquino "Hassan", morador local que se disponibilizou a mostra-nos a medina, as vistas da cidade dos terraços das casas, costumes e tradições, inicialmente, de forma gratuita, mas que por fim, acabou por nos levar 18€!!!!
Afinal, nada nesta terra é de graça! Tudo se paga!

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