19.4.10

O Centro da Cidade

Depois da nossa chegada de ontem a Macau - já com algum cansaço acumulado pela viagem realizada - hoje aproveitámos para descansar um pouco até mais tarde. Fizemo-lo porque estávamos seguros de que poderíamos, mesmo assim, conhecer por completo a cidade. Afinal temos connosco a Marta que, por ser aqui residente, se disponibilizou a mostra-nos a sua actual morada.

Da parte da tarde, metemo-nos pelos transportes públicos a dentro e embrenhámo-nos pelo centro da cidade. Andámos por uma das avenidas principais de Macau, a Avenida Almeida Ribeiro, muito embora a maior parte da população conheça pelo nome chinês de San Ma Lo.

Largo do Senado e calçada portuguesa

Esta é uma rua movimentada, cheia de gente e prédios. A meio dela encontramos o famoso Largo do Senado, cujo pavimento do Largo é todo coberto por uma calçada tradicionalmente portuguesa, onde nele podemos encontrar um apinhado de gente. Aqui encontramos, também, a biblioteca em estilo antigo português, a Santa Casa da Misericórdia Portuguesa (estabelecida em 1568 – a obra de caridade europeia mais antiga da China) e os serviços de turismo.

Igreja de São Domingos

Seguimos a norte pelas ruas, agora mais estreitas e sempre, sempre repletas de pessoas. A meio caminho, encontramos a Igreja de São Domingos, que data do século XVII. Tem uma fachada imponente, e um passado violentamente dramático. Em 1644 um oficial do exército que apoiava os espanhóis contra os portugueses foi assassinado no altar desta igreja durante uma missa.

Marta na Rua de São Paulo

Seguindo pela Rua de São Paulo, por entre outro emaranhado de mar de gente, facilmente conseguimos ver ao fundo o mais conhecido ex-líbris de Macau: as Ruínas de São Paulo. A fachada é o grande altar que a escadaria dá acesso, convidando todos os fiéis à meditação sobre as grandes verdades do Cristianismo, preparando-os para a oração e para a celebração eucarística no interior do templo.

Fachada das Ruínas de São Paulo

Desde o ano de 1565 que os Jesuítas aqui chegaram a Macau, enveredando uma política de difusão do Cristianismo que privilegiava o encontro e a simbiose das culturas ocidental e oriental com forte incidência na acção educativa e missionária. No entanto, em 1762 com a expulsão dos Jesuítas, este templo ficou devoluto. Mais tarde, em 1835, um incêndio acabou por destruir quase todo o complexo monumental. Recentemente, após algumas obras de recuperação (entre 1990 e 1995), iniciaram as visitas para permitir dar a conhecer a todos os visitantes esta cultura cristã em terras budistas.

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