9.4.09

1. A Casa Não Nos Deu as Boas-Vindas à República Checa

São 7 da manhã. Eu, e mais 3 amigos (os Nunos - Santos e Dion, e o Carlos), partimos de Lisboa em direcção a Praga, República Checa, com escala de 1 hora em Frankfurt, para podermos passar alguns dias, antes da páscoa, por aquela redondezas. A chegada à cidade faz-se com frio. As pessoas andam de gorro e luvas apesar de não termos vindo prevenidos para tanto. As t-shirts ficam, então, guardadas na bagagem.
Ficámos instalados em Praga 3, a 10 minutos a pé do centro da cidade. A casa, alugada por internet, parece-nos, agora, à partida, um caos. Encontramos uma casa velha, fedorenta e com decoração retrô, muito embora nos tentam publicitado o aluguer de quartos "preto-dourado" e "branco-dourado", com palmeiras incluídas, descrição esta que, à partida nos deixaria supor um bom agouro. Contudo, ao chegarmos encontramos as palmeiras artificiais e traves nas camas para suportarem o peso! Muito apesar do sucedido, acabámos por nos ambientar bem ao local. (tomara!)
A entrada no prédio
Procuramos poupar em comida, realizando algums refeições em casa. Dirigimo-nos ao famoso supermecado de Praga ("Albert") para trazer alguns dos ingredientes necessários à sobrevivência durante estes dias: desde pão, a yogurts, passando por alguns legumes, leite e outros bens essenciais.
É de noite, aquando da nossa chegada. Procurámos relizar alguma coisa para jantar no pequeníssimo fogão a electricidade de 2 bicos. O jantar já está quase pronto e, eis que senão quando, ao tentar aumentar um pouco mais a intensidade o quadro da luz rebenta, vendo à minha frente uma faísca enorme vinda do fogão!
O famoso fogão
Estamos sem luz (e os vizinhos, a princípio, também). Completamente às escuras procuramos tentar perceber as ligações complicadas do quadro geral de electricidade, sem qualquer efeito. Chamamos um dos responsáveis pela casa que trabalhava no café ao lado que não verbalizava uma única palavra em inglês. Tentamos, por meio de gestos, explicar que a luz tinha ido a baixo. "light" e "off" foram as palavras usadas num malabar de gestos desarticulados na tentativa de fazer passar a mensagem.
O complexo quadro de electricidade dos quartos Alto e gordo. É assim o homem com quem tentamos falar. Vestido com um fato de talhante, cheio de nódoas e sangue impresso na sua indumentária, e sem luz dentro de casa, sinto-me, então, a pertencer, literalmente, dentro de um filme do "Swenney Todd".
A luz está de regresso. Conseguiu arrajar depressa o problema. Antes de irmos jantar dou por mim a trancar a porta de casa e a certificar-me de que ela não poderá estar aberta, enquanto me despeço dele com um sorriso deslavado ao verbalizar um forçado "Bye-Bye".
Afinal... mais vale viver estes dias na casa fedorenta do que ser degolado em terra alheia!
Que boas vindas a Praga!

Um comentário:

Nuno Dion disse...

"Procuramos poupar em comida, realizando algums refeições em casa. Dirigimo-nos ao famoso supermecado de Praga ("Albert") para trazer alguns dos ingredientes necessários à sobrevivência durante estes dias: desde pão, a yogurts, passando por alguns legumes, leite e outros bens essenciais."
Menos CARNE... SNIF SNIF SNIF... Óh semana interminável... ehehehe