Estupefacto.
Surpreso.
Imerso em alegria.
Estes foram alguns dos sentimentos que me assolaram quando me deparei com a Caldeira do Faial, uma vasta cratera do extinto vulcão que deu origem à primitiva ilha.
Imersos num silêncio fulcral, onde só aqui é possível o entrusar completo com a natureza, deixámo-nos levar por esse contágio de emoções. Fomos caminhando, simplesmente, apenas para poder apreciar este imenso "mundo" que ali estava diante dos nossos olhos.
Sem mais ninguém por ali. Apenas os dois. Levados pela emoção, subimos até ao cimo e realizamos o percurso ao longo de toda a cratera. A duração total deste circuito demorou, aproximadamente, quase 3 horas. Olhando para a cratera parece-nos fácil o caminhar e lembro-me de pensar que em menos de 1 hora conseguiriamos realizar todo o circuito.
No entanto, esqueci-me que as dimensões do olhar são às vezes enganadoras porque o percurso nem sempre se realiza de forma linear. Houve momentos em que tivemos de realizar cortar-mato, e outros momentos em que nos emaranhamos por entre a natureza até ao ponto de quase nos perdermos.
Ali ficámos extasiados a olhar para ela. Rimo-nos bastante com a situação. Mas num frente a frente como este, havia apenas 3 opções:
1 - ou caíamos dentro da cratera
2 - ou voltávamos para trás, realizando o percurso inverso durante quase 3 horas!
3 - ou fazíamos um espalhafato tal que a assustávamos para podermos sair dali.
A opção escolhida foi, certamente, a 3.
Com os braços no ar, vociferavamos palavras de susto. Rimos desalmadamente. E nada! A p*** da vaca não se mexia por nada!!!
Tivemos então de descer a ladeira pelo lado oposto à cratera, agarrados às sebes e qualquer verdura que fosse mais consistente para não rebolarmos, literalmente, dalí abaixo!!!
Foi um momento hilariante único!!!
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